Viajar de ônibus poupa sessões de terapia.
Na vinda para São Paulo, fiz análise com a
poltrona ao lado. Tudo bem que não foi uma opção minha.
Na hora de comprar passagem, por falta de janelas vagas,
chutei o número 12 e torci para que meu companheiro
de estrada não roncasse muito.
Viagens longas forçam a intimidade.
Vocês dormirão mais próximos que muitos casais,
eventualmente encostarão os braços e
mesmo que o papo seja insuportável não haverá como fugir,
a menos que você finja estar dormindo.
Desta vez, não precisei usar a tática.
Vim ao lado de alguém legal. A conversa começou
com perguntas de formulário e os porquês foram
se encadeando até chegarmos no motivo da viagem.
Disse que tinha umas entrevistas de emprego,
que minha vida precisava de mudança
e apresentei todas as minhas razões pra trocar
o certo pelo que eu acho que é certo.
Expliquei que tinha saído de um trabalho que eu gostava
porque queria aprender mais, conhecer mais gente,
desabilitar de vez o modo automático.
Disse que se tudo desse errado eu tinha pelo menos
o consolo de que eu acreditava, de que eu realmente
pensava que isso podia ser o melhor para mim,
de que preferi arriscar e tentar uma história só minha
a passar a vida realizando planos que nunca foram meus.
Talvez as coisas não saiam do jeito que eu quero,
mas eu não devo me arrepender da esperança que eu sinto
e da vontade que eu tenho.
Depois de falar tudo isso em voz alta,
juro que me senti mais leve. Estava saindo de Floripa para
morar em São Paulo e não havia loucura nenhuma nisso.
Vocês dormirão mais próximos que muitos casais,
eventualmente encostarão os braços e
mesmo que o papo seja insuportável não haverá como fugir,
a menos que você finja estar dormindo.
Desta vez, não precisei usar a tática.
Vim ao lado de alguém legal. A conversa começou
com perguntas de formulário e os porquês foram
se encadeando até chegarmos no motivo da viagem.
Disse que tinha umas entrevistas de emprego,
que minha vida precisava de mudança
e apresentei todas as minhas razões pra trocar
o certo pelo que eu acho que é certo.
Expliquei que tinha saído de um trabalho que eu gostava
porque queria aprender mais, conhecer mais gente,
desabilitar de vez o modo automático.
Disse que se tudo desse errado eu tinha pelo menos
o consolo de que eu acreditava, de que eu realmente
pensava que isso podia ser o melhor para mim,
de que preferi arriscar e tentar uma história só minha
a passar a vida realizando planos que nunca foram meus.
Talvez as coisas não saiam do jeito que eu quero,
mas eu não devo me arrepender da esperança que eu sinto
e da vontade que eu tenho.
Depois de falar tudo isso em voz alta,
juro que me senti mais leve. Estava saindo de Floripa para
morar em São Paulo e não havia loucura nenhuma nisso.
Extremamente aliviada, peguei a minha mala pequena
e saltei sozinha na rodoviária.
Nada importante foi esquecido.
Vim para São Paulo com uma mala de mão,
mas trouxe todos os meus sonhos comigo.
e saltei sozinha na rodoviária.
Nada importante foi esquecido.
Vim para São Paulo com uma mala de mão,
mas trouxe todos os meus sonhos comigo.
Engraçado, fiz exatamente este percurso com uma mala de mão (tudo que eu tinha) 10 anos atrás. São Paulo é a terra das oportunidades, com essa sua vontade logo você achará a sua. Felicidades e boa sorte.
ResponderExcluirQue legal, Sarita! Você não precisa de sorte nem que a gente diga que vai dar tudo certo, porque é óbvio que você vai realizar todos os seus sonhos antes de perder o sotaque catarinense! hehe
ResponderExcluirBeijo grande!
Dez anos fazendo as mesmas coisas... Nada com um bom movimento no tabuleiro d avida...
ResponderExcluirFoi bom ler essa experiência, além do texto do Paulo Tamburro sobre empregos "complexos"...
Significa que, ao contrário do que muitos dizem, eu não estou tão maluca assim.
Valeu a sessão de terapia virtual, Sarah!!
Acho que não estamos malucas, mas sou suspeita para dizer :) Escrevi este texto faz um mês a mudança no tabuleiro está sendo muito interessante até agora. Espero que a sua também! Um beijo grande!
Excluir